quinta-feira, 19 de novembro de 2015

204 cidades têm SIC e só duas não têm portais, diz TCE

204 cidades têm SIC e só duas não têm portais, diz TCE
 As prefeituras de 204 dos 223 municípios paraibanos já dispõem de Serviço de Informação ao Cidadão, de modo eletrônico. O chamado SIC também existe de forma presencial em 167 cidades. O serviço é uma das principais exigências da Lei de Acesso à Informação, que este mês completa quatro anos de vigência. Apenas dois municípios – Riachão do Bacamarte e Várzea – estão, até hoje, sem portais de transparência.


Estes e vários outros indicadores sinalizando significativa evolução da transparência pública na Paraíba compõem relatório divulgado na manhã desta quarta-feira (18) pelo Tribunal de Contas da Paraíba, que atualmente coordena o Fórum Paraibano de Combate à Corrupção.

Ao apresentar, no início da sessão do Pleno, as conclusões da análise feita nos portais de transparência das prefeituras e câmaras municipais por uma equipe de 30 técnicos do Tribunal, o vice presidente da Corte, conselheiro André Carlos Torres, destacou que essas avaliações – ao todo já são sete – têm contribuído, de forma pedagógica, para facilitar o acesso do cidadão às informações e dados públicos.

A análise leva em conta critérios relacionados a conteúdo, frequência de atualização e usabilidade (navegabilidade) dos portais e tem, inclusive, ajudado os próprios gestores a melhorar as ferramentas de acesso aos dados públicos, os credenciando a obter melhores notas nas próximas avaliações de transparência.

A propósito, conforme lembrou ele, este ano já foi possível identificar crescimento do número de municípios que receberam melhores pontuações. Subiu, por exemplo, de 153 em abril de 2015, para 210 este mês de novembro, a quantidade de prefeituras que obtiveram notas acima de cinco nas avaliações.

O tempo de atualização das informações nos portais, relativas às despesas, também melhorou. Conforme o diagnóstico, 68 das prefeituras – 30% do total – já conseguem atualizar esses dados de dois a sete dias. E apenas 11 demoram mais de 60 dias para fazê-lo. O diagnóstico mostrou, em relação às câmaras municipais, que em julho de 2013 havia 20 delas com sites e portais de transparência e, atualmente, são 100. Quanto ao Estado, a avaliação concluiu por pontuação final com nota 9,09.

Ao concluir a apresentação, o conselheiro André Carlo destacou que não pode haver relaxamento, por parte de todos os órgãos de controle externo, nas suas atividades de acompanhamento e fiscalização da transparência pública. E todos devem, também, continuar promovendo ações pedagógicas, junto aos gestores e aos cidadãos, sobre a importância do acesso da população aos dados e informações públicas. Citou, como exemplo, a mostra pública sobre transparência programada para 9 de dezembro, no Ponto de Cem Réis, na Capital, por ocasião do Dia Internacional de Combate à Corrupção.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Fórum de Governança da Internet (IGF) 2015

O Fórum de Governança da Internet (IGF) é um fórum multissetorial, democrático e transparente, que viabiliza debates sobre questões de políticas públicas relativas a elementos importantes da governança da Internet. O IGF fornece uma plataforma facilitadora para discussões entre todos os setores do ecosistema de governança da Internet, incluindo as entidades credenciadas pela Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação (CMSI), bem como outras instituições e indivíduos com especialidade comprovada e experiência em assuntos relacionados à governança da Internet. 

A pós consultar a comunidade da Internet e discutir sobre o tema principal do encontro do IGF 2015, o Grupo Consultivo Multissetorial decidiu manter o título 'Evolução da Governança da Internet: Capacitar o Desenvolvimento Sustentável'. Este tema será apoiado por oito subtemas que irão enquadrar as discussões do encontro de João Pessoa:

Cibersegurança e confiança
A economia da Internet
Inclusão e diversidade
Abertura de acesso
Reforçando a cooperação multissetorial
A Internet e os Direitos Humanos
Recursos críticos da Internet
Questões Emergentes



Segue uma parte da programação interessante a nós:



domingo, 1 de novembro de 2015

Charlley Luz - Entrevista sobre o livro Primitivos Digitais

Charlley Luz
Charlley Luz é arquivista, professor da pós-graduação em gestão de documentos da FESPSP e consultor em estratégia de informações e ambientes digitais da Feed Consultoria. Autor dos livros Arquivologia 2.0, A informação Digital Humana e Primitivos Digitais, Uma abordagem Arquivística, recentemente lançado.

O que te motivou a escrever o seu novo livro, Primitivos Digitais?
Resolvi escrever um livro que mostra como encarar novas tecnologias e técnicas com uma abordagem arquivística. Enquanto as novas gerações já nascem sabendo utilizar de forma intuitiva as ferramentas digitais, nós que aqui chegamos antes, precisamos compreender como abordar isso. Obviamente que a abordagem serve também para a nova geração, afinal é um diálogo sobre o que está acontecendo hoje e a área da arquivologia. Enquanto a geração internet nativa assume seus postos, seguimos nós, profissionais da informação, arquivistas e bibliotecários, responsáveis em organizar e preservar este volume imenso de informação que ultrapassa os terabytes diários.

E de que novas tecnologias você fala?
O livro tem três grandes partes, na primeira chamada “Nosso Primitivismo”, falo um pouco do contexto e se seremos lembrados no futuro. Produzimos com nossas ferramentas tecnológicas, ainda em evolução, os documentos que serão observadas no futuro como os registros de uma época. Quão primitivos iremos parecer? A resposta pode gerar algum temor, mas a preocupação é o combustível para fazermos o melhor que pudermos para que as diversas predições negativas sejam negadas quando o futuro chegar. Na segunda parte do livro, “Mapas e Estruturas”, abordo a curadoria da Informação Digital, a Arquitetura da informação, falo da evolução da estrutura da informação e chego a relacionar a taxonomia com a Inteligência Artificial. Acabo, então, na terceira parte do livro chamada “Ferramentas e Tecnologias” falando um pouco de inovação tecnológica e temas como Big Data, gestão do conhecimento e do conteúdo. Falo também das mídias sociais e ferramentas da web, redes segmentadas e até de aplicativos para Smartphones.

Você acha o que o livro acrescenta nas pessoas, nos profissionais da informação e arquivistas?

O livro desafia o leitor acostumado aos documentos tradicionais a encarar a nova etapa informacional da humanidade, baseada em plataformas digitais. É uma ajuda para quem quer entender os tempos atuais. Obviamente não consigo abordar todos os temas completos, mas o exercício da abordagem arquivística também mostra caminhos que podemos começar a exercitar na academia e em nossos locais de trabalho. O posfácio de Vanderlei Batista dos Santos também é muito interessante, pois consegue fazer um grande resumo de tudo que expus e leva, para a área e de forma direcionada, a discussão proposta.


Agradeço a disponibilidade de sempre em colaborar com o projeto Olhar Arquivístico e desejo muito sucesso em sua nova publicação.
João Paulo ( Editor do Olhar Arquivistico)

Festival Internacional de Cinema de Arquivo