quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Arquivo do Hospital Getúlio Vargas está com dificuldades de conservação


 

Milhares de prontuários de pacientes estão amontoados em pequenas salas.
Na falta de espaço, documentos se acumulam em corredores e janelas.


Um lugar que guarda importantes momentos do povo do Piauí, passa atualmente por dificuldades. O arquivo Hospital Getúlio Vargas, milhares de prontuários de pacientes estão amontoados em pequenas salas e correm o risco de serem perdidos. Com a poeira no local até a saúde dos servidores está ameaçada.

Na falta de espaço prontuários se acumulam em corredores e janelas, o maior arquivo médico do estado está prejudicado pela falta de estrutura no local, são aproximadamente 40 mil pastas que guardam de pacientes em uma dos principais hospitais públicos do Piauí.

Segundo Hilda Meneses, auxiliar de arquivo, na sala são guardadas as histórias de pessoas que usaram os serviços do hospital. “Aqui está armazenada a vida, nestes papéis é relatado os procedimentos realizados nos pacientes”, disse.

A maior parte dos documentos tem vinte anos, sem o armazenamento adequado, ficam expostos a ação do tempo. Os portuários que não estão espalhados ficam empilhados em prateleiras de metal, e encontrar alguns documentos no espaço fica difícil, já que a numeração não está em sequencia.

De acordo com Solimar Soares, auxiliar administrativa, para encontrar alguns documento é como se fosse procurar uma agulha no palheiro. “Temos dificuldade em pegar documentos no alto ou nas partes de baixo das prateleiras porque o espaço está muito reduzido”, afirma a funcionária.

O arquivo geral do hospital possui quatro salas, todas lotadas de documentos, com apenas nove funcionários e segundo o sindicato que representa a categoria, seria necessário o dobro para dar conta das tarefas.

Encontro Internacional Dados, Tecnologia e Informação


Encontro Internacional Dados, Tecnologia e Informação

Universidade Estadual Paulista - UNESP - Campus Marília, SP

2 de maio de 2013 – 4 de maio de 2013



Tema: Tecnologias e Acesso a Dados: novos horizontes e perspectivas no uso da informação

Em sua primeira edição, o Encontro Internacional Dados, Tecnologia e Informação – DTI – reunirá pesquisadores nacionais e internacionais na área da Ciência da Informação, para abordar o tema Tecnologias e o Acesso a Dados: novos horizontes e perspectivas no uso da informação.
O evento, sob a iniciativa de docentes e discentes da Linha de Pesquisa Informação e Tecnologia do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UNESP, ocorrerá na cidade de Marília/SP - Campus II da Faculdade de Filosofia e Ciências da UNESP, no período de 02 a 04 de maio de 2013.
Os sub-temas para a submissão de trabalhos são:
  • Open Data: Health Data, Research Data, Sustainability Data, Financial Data, Social Data.
  • Web Semantica, Linked Open Data e Ontologias
  • Gestão de Dados: Escalabilidade, Performance, Qualidade, Interoperabilidade, Segurança de Conteúdo e Controle de Acesso
  • Catalogação de Dados e Padrões de Metadados
  • Explorando e Disponibilizando Dados: obtenção, processamento e visualização
  • Big Data

Chamada de submissões já está aberta

A chamada de submissões do Encontro Internacional Dados, Tecnologia e Informação - DTI - já está aberta.

Banner de Divulgação do Encontro Internacional Dados Tecnologia e Informação

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Equipe Olhar Arquivístico


Olá caros leitores, 

nosso blog está crescendo diariamente e muitos dos que nos acompanham ainda não estão como nossos seguidores de blog, devido a isso estamos pedindo para aqueles que ainda não nos seguem que deem uma olhada no nosso pequeno tutorial abaixo. Pouco mais de 13 mil pessoas já passaram pelo Olhar Arquivístico, 11 mil do Brasil e o restante de países como Estados Unidos, Portugal e França, e queremos que cada vez mais vocês estejam conosco neste trabalho.




I Simpósio Nacional sobre Gestão, Preservação e Acesso aos Documentos Arquivísticos



O CONARQ realiza o I Simpósio Nacional sobre Gestão, Preservação e Acesso aos Documentos Arquivísticos, a fim de contribuir com a discussão, a disseminação, o compartilhamento e a troca de experiências em torno de temas relevantes como produção, gestão, utilização, tratamento, controle, preservação e acesso aos documentos arquivísticos e informações, tanto em formato analógico quanto digital, além da questão da capacitação dos recursos humanos, tendo em vista que as temáticas em torno dessa realidade são constantemente alteradas e novos desafios se apresentam para as organizações e profissionais no dia a dia de suas atividades.

Apresentação:
http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm

Programação:
http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm



Futuro da Fundação Casa de Rui Barbosa é posto em xeque


FLORA SÜSSEKIND

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA


Declarações recentes do ex-presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa reavivam temores sobre o futuro da instituição, que quase foi extinta no governo Collor (1990-92). Pesquisadora da fundação faz balanço dos méritos da Casa Rui e das dificuldades enfrentadas para mantê-la como polo ativo de produção de conhecimento.
*
Uma relação de intimidade mesmo relativa com a vida cultural brasileira moderna e contemporânea já evidenciaria o potencial crítico de que, nela, se revestiu, em momentos significativos, a adoção de perspectiva póstuma.
Seria desse lugar narrativo irônico-tumular que Machado de Assis redefiniria como forma livre, dialógica, ziguezagueante, a prosa de ficção oitocentista em "Memorias Póstumas de Brás Cubas". Seria, igualmente, um diálogo (em constante refiguração) entre o presente e a força das coisas mortas, a presença ativa dessas mortes, que orientaria boa parte da poesia de Drummond.

Comissão da Verdade informa que identificou ‘várias dezenas’ de integrantes da repressão



O coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Paulo Sérgio Pinheiro, durante entrevista após encontro de comitês estaduais da verdade, memória e justiça
Foto: Givaldo Barbosa / O Globo

O coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Paulo Sérgio Pinheiro, durante entrevista após encontro de comitês estaduais da verdade, memória e justiça Givaldo Barbosa / O Globo

Em reunião na manhã desta segunda-feira, a Comissão da Verdade revelou que já identificou “várias dezenas” de integrantes da repressão. São militares, policiais e até civis que atuaram durante a ditadura. Segundo a comissão, algumas dessas pessoas já foram ouvidas e outras ainda serão, inclusive por meio de convocação. Quem se recusar a comparecer pode ser processado por desobediência. Até agora já foram realizadas 40 outivas pela comissão da verdade.
No encontro com representantes de comitês da verdade dos estados, os integrantes da comissão nacional fizeram relatos sobre o andamento dos trabalhos. Durante a apresentação do grupo que trata da estrutura da repressão, o assessor que fez a explanação, Guaracy Mingardi, falou sobre os membros da repressão.
- Já identificamos várias dúzias, não foram duas ou três, de membros da repressão. Com nome, RG e endereço – disse Mingardi, que assessora o grupo coordenado por José Paulo Cavalcante, um dos integrantes da comissão.
Em sua explanação durante a reunião, a advogada Rosa Maria Cardoso da Cunha, ex-advogada da presidente Dilma Rousseff e coordenadora do grupo “Golpe Civil Militar de 1964” da comissão, afirmou que os primeiros levantamentos sugerem que cerca de 50 mil pessoas foram presas em 1964, no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo e Pernambuco. Ela contou também que os opositores do regime militar também eram presos em navios e estádios de futebol. Nos navios Raul Soares e Almirante Alexandrino, cerca de 600 pessoas foram mantidas presas, em sua maioria, sargentos e lideranças sindicais. Rose citou o estádio Caio Martins, em Niterói, como um dos centros de detenção da ditadura.
- O uso dessa violência permitiu ao regime militar construir o estatuto de um Estado sem limite repressivo. Com três consequências: inoculou a tortura como forma de interrogatório nos quarteis militares, a partir de 1964; fez da tortura força motriz da repressão praticada pelo Estado brasileiro até pelo menos 1976; possibilitou ao estado executar atos considerados inéditos em nossa história política: a materialização de atos de tortura, assassinato, desaparecimento e sequestro - disse Rosa.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Queima de arquivo


Em dez anos de pesquisa em arquivos de Fortaleza, já vi de tudo. Páginas cortadas com estiletes, grifos de caneta esferográfica em documentos centenários, papéis empilhados sem identificação e jornais ressecados e despedaçados por falta de conservação. Todos estão condenados, e não há backup. Na festejada "era da informação", é com perplexidade que vivencio a condição dos acervos públicos. O acesso é limitado (para não dizer precário) aos mais diversos materiais, com fins de pesquisas científicas ou mesmo para buscar a comprovação de direitos de cidadãos. Eventuais projetos com melhorias, muitas vezes nos campos da boa vontade ou do improviso, parecem entregues às traças. Literalmente.
Os arquivos da cidade costumam ser lugares pouco atrativos ou até mesmo hostis para o público em geral, carentes de dinamismo, esvaziados e sem sentido para a maioria. Alguns funcionários comprometidos, desvalorizados porque “mexem com papel”, fazem o que podem, salvam obras raras das goteiras ou fazem restauros por conta própria.
Diante dos cenários antiquados e desoladores dessas instituições públicas, me pergunto como andam as políticas de recolhimento de documentos, se existe algum programa de gestão dessas informações, se haveria a previsão de recursos financeiros e profissionais especializados para trazer o mínimo de eficiência ou algum planejamento dos espaços para receberem novos materiais e usuários.
Alguma intenção de sistematizar a digitalização dos acervos e disponibilizar o material online, mesmo em doses homeopáticas? Ideias para que esses espaços dialoguem com as escolas, as universidades e a própria cidade, quebrando o ciclo de desinteresse e desconhecimento dos acervos? Além de reformas urgentes, há a necessidade de uma mudança que responda aos velhos e novos desafios.
Talvez sejam preocupações irrelevantes para muitos. Mas há historiadores no alto escalão, o que só aumenta o constrangimento diante de arquivos tratados como depósitos e da impossibilidade do exercício do direito à informação nestes espaços públicos de Fortaleza.
Luciana Andrade
luciana.andrade@gmail.com
Jornalista e doutoranda em história na PUC-SP

Cinco mil municípios na lei da transparência a partir de maio

A Lei Complementar nº 131, a Lei da Transparência,  tornou obrigatória, a partir de 2010, a exposição de todas as contas públicas na Internet.
A lei estabeleceu prazos para que os entes públicos cumprissem as suas determinações. O Governo Federal e os Estados tinham um ano, a partir de 26 de maio de 2010. As prefeituras com mais de 100 mil habitantes tinham o prazo de dois anos e as prefeituras menores, de 50 mil habitantes estarão incluídas a partir do dia 26 de maio deste ano.
Então, mais 4976 as prefeituras serão obrigadas a expor suas contas, suas receitas e suas despesas detalhadas na Internet; colocá-las diante dos olhos do contribuinte, até porque o Estado brasileiro, o Poder Público brasileiro tem uma noção de proprietário desse dinheiro. Esse dinheiro pertence a todos nós. A carga tributária nos mostra isso. E cada vez mais o cidadão, a cidadã compreende que o Estado é mantido pela sua contribuição.
É verdade que, no Brasil, até bem poucos anos atrás os orçamentos públicos eram caixas pretas, eram fechados, não se tinha acesso. Para se obter uma informação, muitas das vezes era necessário recorrer à Justiça.
Depois da Lei Complementar nº 131, da Lei da Transparência, nós tivemos a promulgação da Lei de Acesso à Informação, que obriga o Estado a dar informação a qualquer cidadão, sem que o cidadão precise explicar para que quer essa informação.
Aliando a Lei Complementar nº 131 à Lei de Acesso à Informação, é possível pedir a informação e exigir, através de ação ou de denúncia no Ministério Público ou até de denúncia pública nos meios de comunicação, que os entes cumpram a lei. Nós ainda temos alguns casos, no Amapá, em que não há cumprimento da lei: o caso da Assembleia Legislativa, o caso do Tribunal de Contas. Pasmem: o Tribunal de Contas não cumpre aquilo que a lei determina.
Um levantamento da Secretaria de Finanças da Prefeitura de São Paulo , que foi a primeira no País, a publicar a folha de pagamento dos seus servidores e comparei os salários, e – pasmem – um fiscal de tributo de São Paulo ganha duas vezes mais que um assessor do Presidente do país mais rico do mundo, que é o Presidente Obama. Um assessor direto dele ganha R$ 30 mil por mês e o ganho de um fiscal de tributo da Prefeitura de São Paulo varia entre R$40 mil e R$50 mil. O problema é que o servente dos Estados Unidos ganha de US$ 5 mil a US$ 6 mil. A diferença entre quem ganha menos e quem ganha mais não passa de cinco vezes. Enquanto, na Prefeitura de São Paulo o fiscal de tributo ganha entre R$40 mil e R$50 mil e o contínuo, o servente ganha R$ 740,00. Essa diferença salarial praticada pelo Estado brasileiro é a cara da desigualdade no nosso País.
O autor da lei Complementar nº131,  senador João Capiberibe,  faz um apelo “Peço aos meios de comunicação que estimulem o uso dos portais de transparência e, sobretudo, as denúncias para a quem de direito – a lei já prevê isso –, para que todos, neste País, cumpram rigorosamente a lei e que possamos exercer o controle social”.

Projeto de arquivamento vai garantir a memória e a história da Fapeal


A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) já colhe os frutos da adoção de uma política sistemática de formação para seus recursos humanos. Em 2012, ocorreram 153  oportunidades de qualificação de funcionários, entre viagens técnicas, capacitações e cursos, num investimento de R$ 240.983,73. Foram beneficiados 40 servidores.
Um exemplo prático do retorno deste tipo de investimento é o caso da assessora técnica Maria Luiza de Almeida. Sua função é gerar e arquivar os processos científicos da Fapeal, a partir do momento em que os projetos de pesquisa são aprovados, passando pela confecção dos termos de outorga de bolsas individuais, cujo produto final são as monografias, teses e dissertações, a serem arquivadas física e eletronicamente. Esse trabalho é inédito na Fapeal e vai garantir a memória e a história da Fundação, através dessa nova atividade da assessora técnica.
Após ter a oportunidade de fazer um curso na área de gestão de documentos públicos, no Rio de Janeiro, em agosto do ano passado, e um de estruturação de bibliotecas virtuais, em dezembro, na Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), Luiza, como é conhecida, teve a iniciativa de elaborar um projeto voltado para a implantação de um centro de documentos na Fapeal.
Servidora da Fundação desde 1994, após as experiências no Rio e em São Paulo, ela explica que o atual arquivamento da Fapeal está correto, mas ainda peca em economia de espaço e na segurança documental, que apenas o método de microfilmagem pode garantir.
Para a presidente da Fapeal, Janesmar Cavalcanti, o caso de Luiza é exemplar. “Não basta só espírito de equipe: nossos servidores precisam de qualificação técnica específica, que deixe claro para eles qual é a atividade fim da Fapeal e o papel de cada um, além de permitir que tomem iniciativas, como a de Luiza, que trarão muitos ganhos para a gestão da Fundação”, declara.
Aposentada por tempo de serviço desde fevereiro de 2012, Luiza diz que gostaria de trabalhar na Fapeal por mais 10 anos, tempo suficiente para estruturar seu projeto na realidade e treinar sucessores arquivistas, com a visão de transformar a Fapeal em um órgão modelo no Estado em relação ao produto final: “A gente acha que papel não tem valor, mas tem. Tudo que a Fapeal gera é história”, comenta a respeito das contribuições de cada pesquisador.
Sobre o estímulo à formação continuada, a funcionária acrescenta: “Antes, eu não tinha oportunidades, eu só trabalhava. Agora sim, me deram uma oportunidade de atender ao meu desejo de quando sair da Fapeal, deixar o fruto do meu trabalho”.

1° Piquenique Olhar Arquivistico UFPB/UEPB

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Trabalho conjunto da Comissão Nacional da Verdade e da Petrobras localiza acervo na estatal do petróleo


Analistas da CNV e do Arquivo Nacional já conheceram parte do acervo, que reúne mais de 400 rolos de microfilmes, além de microfichas e documentos textuais; a documentação foi produzida por uma divisão de informações, ligada ao extinto SNI
Um trabalho conjunto que se iniciou em novembro entre a Comissão Nacional da Verdade e a Petrobras resultou numa significativa descoberta documental que poderá ajudar a compreender como o regime militar monitorava trabalhadores da companhia no período de 1964 a 1985.
Na mesma ocasião, a CNV requisitou à Petrobras a identificação e o recolhimento ao Arquivo Nacional dos acervos documentais dos órgãos e entidades de informação e contra-informação que se encontram, atualmente, sob sua guarda.
Uma pesquisa foi então empreendida pela companhia, quando foram localizados os primeiros 53 rolos de microfilme. Estes documentos já receberam uma pré-análise da CNV e foram prontamente digitalizados pela empresa.
Nesse primeiro grupo encontram-se as Fichas de Controle de Investigação Político-Social produzidas pela extinta Divisão de Informações, que à época funcionava na Companhia. No SNI, a divisão era conhecida como ASI/Petrobras. Em síntese, o SNI monitorava movimentações de funcionários e aparentemente tinha poder de veto sobre promoções, caso encontrasse na ficha do funcionário algo considerado "subversivo" ou inapropriado ao regime militar.
Em reunião realizada em Brasília, os membros da CNV elogiaram, em uníssono, a firme decisão da companhia de empreender a busca e de entregar os documentos ao Arquivo Nacional. Também foi decidido o envio de uma equipe da CNV para conferir o restante do acervo: mais 373 rolos de microfilmes, uma quantidade de microfichas ainda não quantificada e grande documentação textual em papel.

Comissão Nacional da Verdade
Assessoria de Comunicação
Mais informações à imprensa: Marcelo Oliveira
            (61) 3313-7324       | comunicacao@cnv.presidencia.gov.br

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Cidadão precisa exercitar acesso a portais da transparência


Instituições já adotaram instrumentos para expor seus gastos e recursos
 / Tribuna Independente 

Muita gente não sabe, mas a sociedade, diga-se de passagem por força de Lei, dispõe de um importante mecanismo de controle e/ou fiscalização acerca dos recursos públi­cos. Isto porque diversas instituições públicas já pos­suem, dentro da sua cadeia organizacional, a figura dos Portais da Transparência.
Estes dispositivos, comu­mente concebidos no formato de páginas virtuais, os sites da internet, servem como in­terface entre os gestores, no caso dos líderes do Executi­vo (presidente da República, governadores e prefeitos), os demais Poderes, Legislativo e Judiciários e alguns órgãos fiscalizadores, a exemplo dos Tribunais de Contas, que precisam de forma constan­te divulgar toda a sua movi­mentação financeira.
Nestes portais, os gas­tos com pessoal, salários de servidores, efetivos e comis­sionados, com custeio, para a manutenção de tais insti­tuições, além dos recursos recebidos de outras instân­cias, ou mesmo destinados a outros locais, devem estar totalmente descriminados.

Lei de Acesso faz governo rever acordos

O Estado de S. Paulo - 19/02/2013
Planalto avalia restringir divulgação de dados de negociações comerciais com outros países

Após pressão internacional, o governo brasileiro estuda co­mo restringir o acesso a docu­mentos de acordos comer­ciais com outros países. A pedido do Palácio do Planalto, o Itamaraty começou a mapear todos os acordos internacio­nais e avaliar áreas sensíveis, que podem ser afetadas pela Lei de Acesso à Informação.
O Estado teve acesso a docu­mentos do gabinete do ministro das Relações Exteriores, Antô­nio Patriota, que revelam o te­mor de países como França e Ucrânia com a implantação da lei de transparência, em vigor desde maio de 2012. Os dois paí­ses mantém relações comerciais com o Brasil em áreas considera­das estratégicas pelos militares. O primeiro negocia desde 2009 a compra dos caças Rafale e a pro­dução de submarino. O segun­do, um programa espacial.

Infográfico – Digitalização: solução ambiental e empresarial


Infográfico – Digitalização: solução ambiental e empresarial
As autoridades mundiais discutem todos os anos sobre os efeitos catastróficos da destruição do meio ambiente. O homem tenta reverter as ações que ele mesmo causou, evitando o uso de matérias-primas que existiam em abundância. Uma das formas de ajudar a diminuição do uso de papel é a digitalização de documentos. Conheça um pouco sobre esse serviço que pode agilizar os processos de sua empresa e ao mesmo tempo ajudar o meio ambiente.
Infográfico - Digitalização: solução ambiental e empresarial

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Estivemos este tempo todo trabalhando com Informação que não era Arquivística?


A criação de conceitos faz parte do processo científico, com ela conseguimos criar comunidades, especialistas, gerar conhecimento de fato. Mas ao utilizarmos o termo informação arquivística não estamos delimitando por demais nossa área de atuação?

Quando lancei o Manifesto Arquivologia 2.0, destacava que precisávamos criar uma nova abordagem na arquivologia, que incorpore os conceitos transdisciplinares tratados em gestão do conhecimento, arquitetura de informação, taxonomia, entre outros, por exemplo. Era um chamado para que aprofundássemos na academia o debate sobre as novas formas de gerenciar informações em ambientes corporativos, através de portais corporativos e intranets.

Acredito cada vez mais que o nosso objeto passa do documento físico (fim da era da encapsulação) para a gestão de informações orgânicas nos ambientes digitais, que dão suporte para a administração e futuramente para a pesquisa. Nesse sentido, os portais e intranets passam a ser uma nova arena de trabalho de arquivistas, pois é a eles que afluem as informações de tomadas de decisão e que registram as relações entre instituições e pessoas. Mas vejo que, o que estão ali, são informações orgânicas, resultado dessas relações comuns às instituições. Vejo que tudo ali é informação. Mudou o meio (do papel para o digital), mas a relação e que gerou a informação é a mesma.

Do ponto de vista de evolução do objeto, podemos ver que a arquivologia evoluiu da unidade documental (documento) para os arquivos (massa documental custodiada), passando a seguir para a informação orgânica e agora para a chamada informação arquivística. Mas o que é a informação arquivística? O que caracteriza a informação arquivística? É a informação encontrada em arquivos? Mas o que a diferencia da informação orgânica?

A informação arquivística é a informação digital? Poderia dizer que Informação Arquivística no ambiente digital é o conjunto de dados e metadados ligados por sua gênese? Ela é uma informação gerada em ambientes digitas? Resultado de SIGAD? Atuais processos corporativos continuam fazendo as mesmas coisas de 20 anos atrás, hoje os gerentes autorizam orçamentos através de uma interface digital, as áreas recebem demandas por e-mails e os diretores acompanham tudo por dashboards de sistemas de BI (business inteligence). Porque hoje o objeto é a informação Arquivística? O que a difere da informação biblioteconômica? (se de fato os bibliotecários referem-se ao seu trabalho assim).

Segundo o que pude levantar, o termo informação arquivística foi utilizado no Brasil por Lopes em 2000, ela deriva da tradução de Archival Information utilizada lá fora desde meados dos anos 80 do século passado, mas que designa para eles a relação dos princípios arquivísticos e as informações. Como a sua relação umbilical com o produtor; a sua originalidade, logo, a sua unicidade; a sua capacidade de ser avaliada em termos de idade e de utilização.

Também vi que dentre as particularidades da informação arquivística, ainda são assinaladas a natureza limitada dos seus suportes, a acumulação das informações – produzidas ou recebidas – por um indivíduo ou uma instituição, desde que sejam informações capazes de ter significação. E ainda aquelas que se referem às atividades geradoras da informação e o fato de ser a informação arquivística a primeira forma tomada por uma informação registrada, quando da sua criação. (Revista Archives, 1988 apud Lopes, 2000, p.103).

Logo, é como um mantra em japonês, onde duas palavras podem resumir um grande conceito. Acredito que a informação arquivística não é a informação do documento, é por si só a soma dos princípios arquivísticos representados nos valores da informação tanto para a gestão como para a história ou memória. Será mesmo?

Talvez, esperamos por demais o que vem de fora, não tropicalizamos e criamos muito conceitos. Acredito que o conceito de informação arquivística precisa ser claramente definido pela nossa comunidade brasileira para justificar o uso que está tendo. Este termo ainda não existe no Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística.


 Charlley Luz:

Charlley Luz é arquivista, professor da pós-graduação em gestão de documentos da FESPSP e consultor em gestão documental, estratégia de informação e ambientes digitais da Feed Consultoria (www.feedconsultoria.com.br).

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Oficina de Criatividade

Desde 2009 a Oficina de Criatividade Científica é um projeto de extensão com apoio do Probex/PRAC/UFPB, com o propósito de apoiar os candidatos ao concurso de seleção do Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UFPB. Em 2012, a Oficina foi realizada no âmbito da disciplina Seminários Especiais, do Mestrado Profissional Gestão em Organizações Aprendentes da UFPB, inclusive na modalidade EAD com apoio da UFPB Virtual.


O objetivo da Oficina tem sido propiciar aos participantes a oportunidade de buscar informações relevantes para seus projetos de pesquisa, nas áreas de seus interesses, na modalidade presencial incluindo atividades mediante listas virtuais de discussão.

Oferecemos, agora, a Oficina de Criatividade Científica na modalidade virtual, mediante tutorial que disponibiliza conteúdo teórico e exercícios metodológicos com o propósito de resgatar, nos participantes, a herança dos caçadores primordiais da espécie humana. De modo que possam desenhar o mapa da mina no território da ciência

Agora, pé no caminho!

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Exposição apresenta arquivos brasileiros considerados memória do mundo


O Programa Memórias do Mundo/Memory of the World (MOW), iniciativa da Unesco que reconheceu os negativos de vidro da Fiocruz e os documentos relativos da Oswaldo Cruz e Carlos Chagas como patrimônico da humanidade, apresenta acervos brasileiros, em exposição no Arquivo Nacional, de 26 de fevereiro a 31 de maio.
A exposição comemora dos 20 anos de existência do Programa e a instalação do seu Comitê Nacional do Brasil, há cinco anos. Organizada pelo Arquivo Nacional, a exposição conta com apoio da Unesco e das instituições custodiadoras dos documentos.
Entre os mais de 45 acervos do Brasil reconhecidos pelo Programa estão a Lei Áurea (Arquivo Nacional), os manuscritos musicais de Carlos Gomes (Fundação Biblioteca Nacional), o diário de viagens do Imperador D.Pedro II pelo Brasil e pelo mundo (Museu Imperial) e o filme Limite, de Mario Peixoto (Fundação Cinemateca Brasileira), além dos acervos da Fiocruz.
A exposição será dividida em nove módulos e exibirá mais de 400 imagens, além de filmes, documentos originais, mapas, etc.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Governo não cumpre lei de acesso à informação, aponta Rubens Júnior


O líder da oposição na Assembleia, deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB), questionou, nesta quarta (6), o governo do Estado sobre todas as dívidas contraídas desde 2009 até hoje. O endividamento contraído pela governadora Roseana Sarney totaliza mais de R$ 1,7 bilhão e nunca teve o seu detalhamento publicado.
Em seu discurso, o representante da oposição refutou o enaltecimento por parte da atual gestão sobre a nova dívida contraída, considerada pela base governista a salvação do Estado do Maranhão. Ao questionar o governo sobre o endividamento do Estado, o deputado Rubens Júnior cita a Lei de Acesso à Informação que preza pelo rigor na divulgação dos gastos dos recursos públicos.
'Eu desafio qualquer deputado estadual a revelar onde foi parar esse volume de dinheiro. O povo está pagando essa conta caríssima e tem a obrigação de saber o que está sendo feito com todo esse dinheiro', enfatiza o líder.
Quando em janeiro deste ano a governadora Roseana Sarney assinou a nova dívida de R$ 1,1 bilhão junto ao BNDES, o deputado estadual Rubens Pereira Júnior encaminhou ofício requerendo informações junto à Casa Civil sobre os antigos empréstimos contraídos em 2009 e a nova dívida assinada no início de 2013.
Em apenas nove linhas, o secretário-chefe da Casa Civil, Luis Fernando Silva, responde não ter competência e atribuição institucional para responder sobre os empréstimos contraídos pelo governo do Estado. O posicionamento do secretário-chefe Luis Fernando não condiz com as funções descritas na lei estadual 9340/2011 que estabelece no artigo 15 as atribuições da Casa Civil, dentre elas: 'assistir direta e imediatamente o governador do estado' e ainda coordenar a integração das secretarias de estado nos 'atos de gestão dos negócios públicos'.
Subindo à tribuna para criticar o discurso do líder da oposição, o deputado estadual Alexandre Almeida ratifica o que a base governista pensa sobre o endividamento do estado, ao afirmar que as sessões não devem ser utilizadas para debater 'questões pequenas, diminutas, eleitorais'.
Na visão do líder da oposição, questionar sobre o destino dos empréstimos é exigir que o estado faça o seu dever e ao mesmo tempo atenda ao direito que a sociedade tem de saber o destino dessas dívidas. O deputado finaliza o seu discurso esclarecendo: 'Nós não estamos pedindo favor e sim o cumprimento da lei', conclui o deputado Rubens Júnior.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

III Reunião Brasileira de Ensino e Pesquisa em Arquivologia

Tema
 Perfil, evolução e perspectivas do ensino e da pesquisa em
Arquivologia no Brasil.

Local: 
Auditório do PAF III - Campus de Ondina 
Salvador - Bahia

Periodo:
De 16/10/2013 a 18/10/2013

Público alvo:
Professores e Pesquisadores de Arquivologia, Estudantes de Pós-Graduação.

Contato
E-mail: 
reparq2013@ufba.br


Obs: Breve maiores informações.

Fonte: http://www.reparq2013.ici.ufba.br/

domingo, 3 de fevereiro de 2013

OAB cria Comissão de Transparência e Acesso à Informação


A criação da Comissão de Transparência e Acesso à Informação no âmbito do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi o primeiro ato do novo presidente da entidade, Marcus Coêlho. Ele anunciou a instituição do órgão em seu discuro de posse, na manhã desta sexta-feira. A Comissão será presidida pelo conselheiro federal Luiz Cláudio Allemand, do Espírito Santo, e cuidará da aplicação da Lei 12.527/2011, a Lei de Acesso à Informação,  dando publicidade a todos os dados públicos da OAB.
Também integrarão a Comissão de Transparência e Acesso à Informação os conselheiros federais da OAB José Alberto Simonetti (Amazonas), José Luis Wagner (Amapá), Walter de Agra Junior (Paraíba), Francisco Torres Esgaib (Mato Grosso), Gisele Gondin Ramos (Santa Catarina) e Leonardo Accioly da Silva (Pernambuco).
Sancionada em novembro de 2011, a Lei 12.527 regula o acesso a informações previsto nos artigos 5º, 37 e 216 da Constituição Federal. Eles dispõem sobre os procedimentos que se destinam  a assegurar o direito fundamental de acesso à informação e devem ser executados em conformidade com  as seguintes diretrizes: observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção; divulgação de informações de interesse público, independentemente de solicitações; utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da informação; fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na administração pública;  desenvolvimento do controle social da administração pública.

Outras fontes da verdade

















  •  Arquivo Público Mineiro vai receber mais documentos produzidos pelo Departamento de Ordem Política e Social (Dops) e pela Polícia Civil, entre 1964 e 1985. Os papeis ficarão disponíveis para pesquisa tanto na sede da instituição como na internet. O projeto começou a ser colocado em prática ainda em 2012 e já conta com 250 mil imagens virtuais, entre relatórios policiais, depoimentos, análises periciais, processos judiciais, jornais, cartas e fotografias apreendidas durante a ditadura civil-militar. O repasse de novas fontes foi anunciado nesta quinta (31), pelo governador Antonio Anastasia (PSDB), após publicação de decreto no Diário Oficial do estado. “Procuramos oferecer às gerações atuais, a oportunidade para conhecer um período importante da vida brasileira e, ao mesmo tempo, preservar documentos que contribuirão para elucidar fatos marcantes da trajetória de personagens que tiveram participação em episódios da época”, afirmou.
    O projeto de disponibilização online dos arquivos do Dops foi idealizado em 2010, quando o APM finalizava o trabalho de alimentação do banco de dados do projeto Memórias Reveladas, do Arquivo Nacional. Na ocasião, uma equipe de pesquisadores do Departamento de História da UFMG já havia organizado o acervo. Em entrevista à Revista de História, Denis Soares da Silva, funcionário da Sala de Referência do Arquivo Público Mineiro, comenta que “a disponibilização do acervo do DOPS em meio digital vem alinhada à proposta da Secretaria de Estado de Cultura de democratizar o acesso à informação pública, ao possibilitar ao cidadão consultar registros que o ajudem a reconstruir sua própria história e ter uma melhor compreensão da repressão política no período”.
    Apesar de ter surgido por influência do Memórias Reveladas, o projeto do Arquivo de Minas é bastante diferente dele, já que abrange um período maior: a iniciativa do Arquivo Nacional disponibiliza à sociedade documentos produzidos por órgãos oficiais durante o período da ditadura militar. O historiador Renato Venâncio, professor da UFMG, apoia o projeto do APM e diz que a documentação é de grande utilidade para pesquisadores que se enviesam não só pelas curvas da História Política, mas também por outras vertentes, como a História Cultural e Ambiental.
    “O interessante dessa época mais abrangente é que inclui fenômenos que as pessoas não associam à polícia política. Por exemplo, na década de 1930, a extrema direita também foi perseguida, principalmente membros do movimento integralista. Já nos anos 1960, por outro lado, o governo de Jânio Quadros proibiu a briga de galo no país e é possível encontrar documentação sobre o assunto no acervo”. Ele comenta que já encontrou material sobre o surgimento e desenvolvimento do movimento estudantil e registros sobre opositores intelectuais na época da ditadura, como Rubem Braga e Milton Nascimento.
    Abertura de documentos
    Em maio de 2012, a presidente Dilma Rousseff sancionou a nova Lei de Acesso à Informação, que permite que qualquer pessoa possa conferir informações de interesse público, armazenadas em instituições federais, estaduais e municipais [vejaRumo à abertura]. Antes da promulgação da legislação, o tipo de documentação do projeto Memórias Reveladas ou do referente às polícias políticas do APM não poderiam ir, na íntegra, para a internet: o pesquisador interessado no tema precisava pesquisar nas sedes das instituições que abrigassem o material desejado e, antes disso, assinar um termo de responsabilidade.
    E para chegar ao ponto em que se encontra hoje, um longo e tortuoso caminho foi percorrido. Um dossiê publicado em 2006 pela Revista do Arquivo Público Mineiro explica a situação dos arquivos do DOPS em diferentes estados do Brasil. No artigo que se refere ao estado de Minas, o historiador Rodrigo Patto Sá Motta, também da UFMG, relata a trajetória dos 98 rolos de microfilme que continham as 5.489 pastas do arquivo da polícia local.
    De acordo com ele, a Assembleia Legislativa do estado aprovara uma lei que determinava o recolhimento do material do DOPS/MG ao APM. Mas a medida só foi colocada em prática em 1998, após instaurada uma CPI para investigar a alegação da polícia de que o acervo teria sido destruído. Para ele, “a massa documental produzida e/ou apreendida pela polícia política constitui fonte rica para o trabalho dos pesquisadores, especialmente para os historiadores”. E faz um alerta aos estudiosos que forem utilizar este tipo de material: “Ao manejá-los os pesquisadores precisam, evidentemente, manter aguçado o senso crítico. Desconfiar dos documentos é essencial, mas levando em conta que, mesmo contendo informações falsas ou deturpadas, podem dizer muito”.
    Saiba mais:
    http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/