terça-feira, 30 de outubro de 2012

II Fórum sobre Patrimônio Cultural

Estão abertas as chamadas de trabalhos para o II Fórum sobre Patrimônio Cultural.

O Fórum CPC de Debates sobre o Patrimônio Cultural busca promover a discussão de projetos e pesquisas em andamento relativos aos diversos aspectos e modalidades do tema, como patrimônio arquitetônico, patrimônio intangível, paisagens culturais, acervos e museus, entre outros.

O Fórum é estruturado como evento aber

to, no qual as propostas selecionadas serão apresentadas e discutidas pelo público, assim como por debatedores convidados.

As propostas de resumos deverão ser encaminhadas até o dia 12 de novembro de 2012 para o e-mail cpc4@usp.br.

O II Fórum sobre Patrimônio Cultural acontecerá em abril/2013 e será realizado na sede do CPC-USP / Casa de Dona Yayá, Rua Major Diogo, 353, Bela Vista, São Paulo, SP.
 

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

IV Ação Educativa UEPB - Curso de Arquivologia


Seminário: Indexação, Impacto e Qualidade em Periódicos Científicos


Muitas Histórias no ARQUIVO NACIONAL do RJ

Claudio Rocha de Jesus

O espaço público que vale a pena conferir é o ARQUIVO NACIONAL. O acervo é muito rico, composto por material cartografico que contém mapas, plantas, cartas geográficas e náuticas. O acervo iconográfico é formado por fotografias, diapositivos, negativos fotográficos, ilustrações, gravuras, caricaturas, charges, cartazes e desenhos de
diversos formatos.
O acervo de imagens em movimento possui expressivos registros da história e da cultura brasileira. Fazem parte do acervo cinejornais, documentários, obras de ficção, filmes publicitários, familiares e recortes de filmes que sofreram censura. Um acervo sonoro composto por mais de 11 mil ítens, entre discos e fitas audiomagnéticas, referente ao período de 1902 à 1990.
Tomando uma experiência própria, no periodo em que trabalhei como pesquisador para o Centro Cultural Cartola, tive o prazer de ir pelo menos uma a duas vezes por semana nesse espaço, e posso garantir que é muito bom o universo de material relativo ao carnaval que você vai encontrar por lá! Vi bastantes fotos (algumas digitalizadas) de desfiles antigos, algumas imagens das decorações de rua, imagens de antigos reis momos, algumas de contruções de quadras, interpretes, compositores, passistas e momentos marcantes registrados e que lá estam muito bem protegidas mas ao alcance de todos. Vale muito a pena conferir esse acervo.
Endereço:
Arquivo Nacional (órgão central do Sistema de Gestão de Documentos de Arquivos-SIGA, da administração pública federal): Praça da República, 173 - Centro/Rio de Janeiro.

Fonte: http://www.sidneyrezende.com/noticia/190643+muitas+historias+no+arquivo+nacional+do+rj

sábado, 27 de outubro de 2012

Big Data: você já não vive sem

IMAGEM DA BIG DATA BY IBM
 
Hoje, o grande trunfo da TI é sua capacidade de armazenamento de dados, processamento de informações e velocidade de transmissão, que são as bases do mercado contemporâneo.
O termo de mercado foi criado para chamar a atenção para o que chamamos de “explosão informacional” ou, segundo a IBM, para a “acelerada escala em que volumes cada vez maiores de dados são criados pela sociedade.”
O absurdo dessa explosão é tanto que já falamos e petabytes e zetabytes de informações geradas todos os dias, 24 dias por semana.
O princípio é o do caos, estamos falando das informações que são resultado de tudo que fazemos e que acabam virando dados em um sistema de computador. A nota fiscal com CPF, a declaração para a Receita Federal, as atividades da empresa numa intranet, a chamada para um call center, uma compra online, tudo realizado via internet e muitas vezes declarado nas redes sociais.
Para entender melhor, segundo artigo da IBM:
“O Big Data tem uma fórmula simples para conceituá-lo. Big Data = volume + variedade + velocidade + veracidade + valor.
Volume está claro. Geramos petabytes de dados a cada dia.
Variedade também, pois estes dados vêm de sistemas estruturados (hoje minoria) e não estruturados (a imensa maioria), gerados por e-mails, mídias sociais (Facebook, Twitter, YouTube e outros), documentos eletrônicos, apresentações estilo PowerPoint, mensagens instantâneas, sensores, etiquetas RFID, câmeras de vídeo, etc.
Velocidade porque muitas vezes precisamos agir praticamente em tempo real sobre este imenso volume de dados, como em um controle automático de tráfego nas ruas.
Veracidade porque precisamos ter certeza que os dados fazem sentido e são autênticos.
Valor porque é absolutamente necessário que a organização que implementa projetos de Big Data obtenha retorno destes investimentos.”
Independente do nível de privacidade da informação (se pública ou restrita) o que importa é o que fazemos com esses dados. É aí que entra o papel do “cientista de dados” que será o profissional que irá cruzar essas informações e construir poderosas ferramentas de informações sobre pessoas e comportamentos. Missão para arquivistas e bibliotecários?
O cientista de dados analisa o todo e tira conclusões por meio de sistemas de consolidação de informações. Na Wikipédia tem uma parte do artigo Big Data que diz:
“O uso do Big Data pode ser uma arma contra os problemas socioeconômicos (sic), onde ele é interpretado com clareza no filme “Moneyball” (O homem que virou o jogo) com o ator Brad Pitt, no qual o gerente de um time de beisebol usa o Big data para reunir um elenco de primeira linha sem gastar muito.”
Não vi o filme, mas entendi bem o que foi feito com as informações.
Hoje temos à disposição ferramentas básicas para lidar com o Big Data: datamining (mineração de dados), o BI (Business Intelligence) que é a ferramenta “per si” para Big Datas corporativos e outras ferramentas que ajudam a inteligência na análise dos dados. E de outro lado, como profissionais da informação que somos, podemos facilitar muito a coisa. Se tivermos ambientes digitais que foram planejados considerando a padronização de metadados, a taxonomia para indexação e observando os princípios de arquitetura de informação, o trabalho pode ser facilitado para todos. Estaremos estruturando um pedacinho desse todo chamado Big Data.

Escrito por:
Charlley Luz
Charlley Luz é arquivista, professor da pós-graduação em gestão de documentos da FESPSP e consultor em estratégia de informações e ambientes digitais da Feed Consultoria.
Facebook: http://www.facebook.com/charlley
Twitter: http://twitter.com/charlley



X Congresso de Arquivologia do Mercosul

Página oficial do X Congresso de Arquivologia do Mercosul:
http://mercosur.archiveros.info/
Será realizado na Cidade Argentina de La Plata no mês de outubro do ano 2013, a organização estará a cargo da Associação nacional de Arquivistas Argentinos - ANAA e patrocinado pela Cidade de La Plata.

Fonte: Página Oficial - http://mercosur.archiveros.info/

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Visita a Fundação Joaquim Nabuco - Recife-PE

A turma de Arquivologia 2011.2 visitou a Fundanção Joaquim Nabuco na cidade de Recife-PE no dia 24 de Outubro de 2012, com objetivo de desenvolver um trabalho de campo para encerramento da Disciplina Legislação Arquivística.
Visitamos o núcleo de Documentação, Microfilmagem e o núcleo de Restauração.
Fomos bem recebido por Lino Madureira, o qual apresentou o trabalho que vem sendo desenvolvido ao longo do tempo pela fundação.
Contudo, uma viagem produtiva e que agregou conhecimentos na área de restauro e documentação.
João Paulo
Olhar Arquivístico
Segue fotos :

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Mesa redonda na UEPB em comemoração ao Dia do Arquivista

Com o Tema: A Informação como bem público/ A responsabilidade social do arquivista do setor público, privado e acadêmico, foi realizado uma Mesa redonda para debate esta questão.
Compondo a mesa para debater sobre A Informação como bem público estava: Ricardo Grisi, Henrique França, Rodrigo Paiva, Sarah Almeida e Alexandre Guedes.
Para debater sobre A responsabilidade social do arquivista do setor público, privado e acadêmio os convidados para compor a mesa foram: Ricardo Andrade e Luiz Eduardo.
O acesso às informações sob guarda de órgãos e entidades públicas. É deste direito fundamental do cidadão, e dever do Estado que foi regulamentado pela Lei Federal 12.527, sancionada em 18 de novembro de 2011 pela Presidenta da República.
O cidadão bem informado tem melhores condições de conhecer e acessar outros direitos essenciais, como saúde, educação e benefícios sociais. Pois, o acesso à informação pública tem sido reconhecido como um direito em vários cantos do mundo. É importante para aqueles que querem tem informações dos órgãos públicos do seu interesse pessoal e coletivo.

Caroline Brito - Graduanda do Curso de Arquivologia UEPB






segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Em cinco meses, Lei de Acesso à Informação recebe mais de 39 mil pedidos


imagem Ao completar cinco meses do Lançamento da Lei de Acesso à Informação (LAI), os órgãos federais, através do Portal da Lei de Acesso, mantido pela Controladoria Geral da União, receberam mais de 39,6 mil pedidos, dos quais 37,09 mil foram respondidos (93,46%), dos quais 3,17 mil foram negados, porque tratavam de informações sigilosas ou previstas em legislações específicas por envolver segredos industriais e sigilo bancário e fiscal.  Mais de 2,3 mil pedidos não puderam ser respondidos por não tratarem de de matéria de competência legal do órgão demandado ou pelo fato de a informação simplesmente não existir.
Os números foram apresentados pela diretora de Prevenção da Corrupção da CGU, Vânia Vieira, durante a 4ª Conferência Web W3C Brasil, organizada pelo escritório brasileiro do W3C, e revelam que, apesar de toda celebração em torno da entrada em vigor da lei, o número de pedidos vem caindo mês a mês. Só no primeiro mês de existência o portal da CGU recebeu mais de 10 mil pedidos. Fato que pode ser explicado, em parte, pela dificuldade de compreensão do brasileiro sobre o seu direito de acesso à informação.  Embora, segundo a CGU, até agora mais de 90% das solicitações tenham sido feitas por pessoas físicas.
Os defensores da transparência apontam como grandes desafios a serem superados a educação do brasileiro sobre o diretos à informação, a propagação da LAI entre os governos estaduais e municipais e adesão de todos órgãos ao e-Sic, sistema do Serviço de Informação aos Cidadão (SIC), disponibilizado pela CGU e que permite, hoje,  a resposta aos  pedidos feitos, em média, em 10 dias. Hoje os campeões de solicitações no SIC são a Susep (Superintendência de Seguros Privados),  o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e o Banco Central.  Mas todos os órgãos do executivo federal e empresas de economia mista devem disponibilizar em seus sites, por meio do link “I” , de informação, o SIC. Há dois tipos de formulários para fazer as solicitações: um para requisição pessoalmente e outro para solicitação eletrônica, via internet. Já no caso de estados e municípios, muitos ainda estão fazendo a regulamentação.
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Na Conferência, Vânia Vieira foi portadora de boa notícias. Segundo ela, o site da Lei de Acesso está sendo reformulado e ganhará uma área para pesquisa de satisfação do cidadão com a aplicação da lei. Outra providência tomada pela CGU é a disponibilização, nas próximas semanas, do código fonte do SIC para sua implementação por parte de estados e municípios, provavelmente através do Portal do Software Público. Uma grande ajuda, já que os estados e municípios podem estabelecer seus próprios órgãos de controle de aplicação da LAI e definir as punições para os funcionários que não a cumprirem.
Outra boa notícia, divulgada também na conferência do W3C, mas por Francisco Cavalheira Neto, coordenador do Programa de Transparência e Acesso a Informações do Ministério da Justiça, é a disponibilização, nos próximos dias, de 15% da base de reclamações dos Procons, referente às reclamações fundamentadas, no site dados.gov.br, já que a LAI regulamenta o acesso a dados do governo, pela imprensa e pelos cidadãos, e determina o fim do sigilo eterno de documentos oficiais. Pela lei, o prazo máximo de sigilo foi limitado a 25 anos para documentos ultrassecretos, 15 anos para os secretos e cinco para os reservados. Os documentos ultrassecretos poderão ter o prazo de sigilo renovado apenas uma vez.
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Por isso, a base de dados dos serviços de direitos do consumidor será a primeira das bases mantidas pelo Ministério da Justiça a ter parte do seu conteúdo tornado público. Outras quatro bases de dados passarão pelo mesmo processo: a Infoseg (de segurança pública), o cadastro nacional de cartórios, cadastro nacional de ONGs e OSCIPS e a Infopen (de informações penitenciárias).
O que não significa que os dados não disponibilizados voluntariamente não possam ser obtidos mediante pedidos por parte do cidadão. De acordo com Cavalheira, o Ministério da Justiça recebeu, até agora, 2047 pedidos de acesso à informação. A maior parte deles dados pessoais, como andamento de processos na Justiça.
Pela Lei de Acesso à Informação, órgãos públicos são obrigados a prestar esclarecimentos a qualquer cidadão interessado sobre suas atividades. Ficam de fora da nova legislação apenas assuntos secretos de Estado que podem ameaçar a segurança nacional ou o andamento de investigações policiais.
A luta de toda a sociedade brasileira agora é no sentido de fazer a lei pegar, ou seja, pressionar os governos para quem cumpram as novas regras. E, nesse sentido há quem acredite que bons exemplos de reuso do dado obtido através da Lei de Acesso a Informações por parte da sociedade, especialmente por órgãos governamentais, para balizar políticas públicas e pela imprensa, para fundamentar análises, seja um bom caminho para contaminar as pessoas sobre a importância da LAI.
A partir das informações oficiais, desenvolvedores podem criar aplicativos para permitir a participação popular na administração de cidades, estados e até da nação.  O cidadão bem informado tem melhores condições de conhecer e acessar outros direitos essenciais, como saúde, educação e benefícios sociais. Mas, para isso, é preciso pedir os dados e possibilitar a divulgação das informações através de outros portais, que não os oficiais, governamentais. Por conta disso, , o W3C Brasil, em parceria com o Centro Internacional de Pesquisa e Desenvolvimento do Canadá (IDRC) e a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), lançou  no início de outubro o projeto Dados Abertos para Políticas Públicas na América Latina e Caribe (OD4D).
O site do projeto  reúne artigos, documentos, vídeos e várias informações sobre o tema. Além de todo o conteúdo gerado a partir do OD4D (manuais, guias, artigos científicos, palestras, seminários, oficinas), o site também prevê a participação da sociedade na construção deste conteúdo. O canal trilíngue (português, espanhol e inglês) está focado na pesquisa do impacto do uso de dados abertos na formulação de políticas públicas e desenvolvimento econômico local. A gestão e a produção de conteúdo do site ficará toda a cargo do W3C Brasil, que já desenvolve trabalhos de referências em dados Abertos Abertos.
Segundo a definição da Open Knowledge Foundation, dado Aberto é o dado que pode ser livremente utilizado, reutilizado e redistribuído por qualquer um.
Então, mãos à obra.

Fonte: http://idgnow.uol.com.br/blog/circuito/2012/10/22/em-cinco-meses-lei-de-acesso-a-informacao-recebe-mais-de-39-mil-pedidos/

Curso de Indexação, Normalização e Recuperação de Informações

A Biblioteca Central Blanche Knopf, da Fundação Joaquim Nabuco, situada no bairro recifense de Apipucos (rua Dois Irmãos, 92), iniciará o Curso de Indexação, Normalização e Recuperação de Informações com a realização do Módulo 1 - Indexação de Documentos, ministrado pela bibliotecária Lúcia Gaspar.
Serviço:
Período: 22 a 26 de outubro de 2012
Informações adicionais: 81 3073-6540 / 3073-6535
:: Fonte: Informativo eletrônico "Culturaonline", da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (MECA) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), edição de outubro.

Fonte: http://www.fundaj.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2283:luciagaspar&catid=44:sala-de-impressa&Itemid=183

domingo, 21 de outubro de 2012

A Renovação Administrativa do Poder Judiciário pela Cultura da Transparência


por LUIZ ARMANDO BADIN
A administração do Poder Judiciário ainda é uma “caixa-preta”?
A sedimentação da cultura da transparência no mais hermético dos Poderes
“A transparência não é um favor, mas um dever da administração pública”.A afirmação não causaria qualquer emoção ou surpresa, em um ambiente em que os cidadãos estão acostumados a respeitar a coisa pública e os governantes, a prestar contas de seus atos. A visibilidade é um dos critérios distintivos do governo democrático. Ele já foi definido como aquele no qual o poder público se exerce em público, isto é, à vista dos cidadãos.
Quando a apologia da transparência é feita pelo presidente de uma das mais altas cortes do país, referindo-se à administração da Justiça, faz pensar sobre as transformações que observamos nos últimos anos. Elas renovaram a face daquele que sempre foi considerado o mais hermético dos Poderes da República. Para além do efeito retórico, sinaliza que uma mudança de mentalidade está em curso, embora longe de esgotar seu potencial prático de transformação.

Impactos da Lei de Transparência no Controle das Compras Públicas

por JOÃO GERALDO PIQUET CARNEIRO 

Do ponto de vista conceitual, o direito à informação é um dos princípios mais valorizados do moderno Estado democrático. Ele é tutelado internacionalmente pela Declaração dos Direitos Humanos, pelo Pacto de Direitos Civis e Políticos e também por Convenções Regionais de Direitos Humanos. Em todos esses tratados, nos quais o Brasil figura como signatário, prega-se a adoção do princípio da transparência para assegurar ao cidadão administrado a possibilidade de acompanhar e conhecer a atuação estatal, através do acesso às informações sob a guarda do Estado. Trata-se de um princípio fundamental na medida em que, se posto em prática, viabiliza o controle social dos atos estatais e, em especial, de seus processos decisórios.
Na prática, porém, em grande parte do mundo, o direito à informação ainda se encontra em construção. Vale dizer, sua aplicação in concreto esbarra em dificuldades de vulto, a começar pela definição do que é acessível à sociedade e do que deva ficar sob a guarda sigilosa do poder público. É uma fronteira móvel a variar em função das circunstâncias políticas. Após os ataques do 11 de setembro, o governo norte-americano aumentou dramaticamente as informações que cidadãos e empresas têm que prestar aos órgãos públicos para prevenção do terrorismo e da lavagem de dinheiro e, de outro lado, passou a tratar com absoluto sigilo informações que se ajustavam aos direitos tutelados com o US Patriot Act . No Brasil, parte das informações relativas à Guerra do Paraguai e a outros momentos históricos polêmicos permanece inacessível, mas em relação ao cidadão presume-se que exista um dever de prestar informações a qualquer autoridade, ainda que a requisição não esteja devidamente embasada. A lista de exemplos de tratamentos díspares do acesso à informação é enorme.

sábado, 20 de outubro de 2012

Dia do Arquivista ganha destaque com Lei de Acesso à Informação


Faz cinco meses que a Lei de Acesso à Informação entrou em vigor no Brasil, exigindo dos arquivos capacidade para atender o direito do cidadão de alcançar os documentos de interesse público. E nesse aumento de demanda, a profissão de arquivista ganhou destaque. É esse profissional o responsável pelo gerenciamento dos acervos públicos.
Na Câmara dos Deputados, o Centro de Documentação e Informação já mantinha arquivos abertos antes da lei. O diretor do Centro, Frederico Silveira, disse que a legislação trouxe maior agilidade ao processo. De acordo com Silveira, o arquivista tem o importante papel de selecionar o que de fato mereça ser arquivado para acesso do público.
"A Câmara dos Deputados, por exemplo, ela tem todos os registros de suas funções, as funções que ela desempenha, materializados nos documentos de arquivos. Esses documentos de arquivo são produzidos num volume tal, que se não houver um processo de expurgo, nenhuma instituição do planeta ia conseguir fazer a manutenção dos seus arquivos. A seção de documentos históricos, local onde nós estamos, ela é o extrato das funções da instituição. São aqueles documentos que foram escolhidos no processo de avaliação como os que devem ficar representando o registro da atuação desta instituição."
A profissão de arquivista foi regulamentada há 44 anos, e o Dia do Arquivista, comemorado neste 20 de outubro, relembra a lei de 1823, que previa a criação do primeiro Arquivo Público no país.
Segundo Frederico Silveira, a atividade do arquivista vai além da preservação da memória, trabalhando com a conservação dos documentos que possuam vida útil até que seja feita a avaliação do que será descartado ou arquivado para consulta histórica. O analista legislativo de arquivologia da Câmara André Freire atenta para a preservação de arquivos digitais, que se tornou uma das principais preocupações da Câmara.
"E essa gama grande de documentos arquivísticos em meio digital precisa ser controlada. A ideia da Câmara agora, para os próximos anos, é adquirir e desenvolver um sistema informatizado de gestão arquivística de documentos, que possa dar conta dos documentos em meio eletrônico e fazer o correto gerenciamento disso. A nossa preocupação, além de gerenciar, classificar, ordenar e dar acesso a esses documentos é também de preservá-los a longo prazo, uma vez que os documentos em meio digital, eles têm um tempo de vida muito mais curto do que os documentos em suporte de papel se ele não for bem cuidado."
Guardião da memória do legislativo, o Arquivo da Câmara dos Deputados representa uma importante fonte primária sobre a vida política brasileira. Traz informações desde a Assembleia Geral Constituinte e Legislativa do Império, em 1823, até a atualidade.
Além dos documentos formais, na lista estão fotografias que datam do início do século passado e vão até 1996, arquivos sonoros dos últimos 50 anos e fitas do programa Diário de Constituinte, que registrou as atividades da Assembleia Nacional Constituinte, responsável pela Constituição de 1988.
De Brasília, Tiago Amate

Mesa redonda na UEPB


Feliz Dia do Arquivista



sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Dia do Arquivista UFPB - 2012

João Pessoa, 19/10/2012
João Paulo

O Dia do Arquivista foi comemorado antecipadamente pelo Curso de Arquivologia da UFPB com as palestras proferida pelo Professor Arquivista Renato Motta da UFRPE e pelo Professor Clézio G. Amorim (UFPB).
Momento de partilha sobre o desenvolvimento profissional do arquivista no mercado de trabalho frente o desenvolvimento tecnológico que presenciamos.
No evento contamos com a presença de alunos do curso de Arquivologia da UFPB e da UEPB que juntos puderam compartilhar este brilhante momento na vida acadêmica.
Contudo, desejo a todos um FELIZ DIA DO ARQUIVISTA para o que já exercem e aos Futuros Arquivistas.































quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Lançamento do Periódico Informação Arquivística

Informação Arquivística é um periódico científico eletrônico semestral da Associação dos Arquivistas do Estado do Rio de Janeiro (AAERJ), que contempla a publicação e a divulgação de trabalhos e pesquisas relacionadas ao campo da Arquivologia e suas relações interdisciplinares, no âmbito nacional e internacional.
Está aberto à colaboração de pesquisadores, arquivistas, estudantes de Arquivologia  (com supervisão e/ou coautoria profissional ou acadêmica) e demais interessados em submeter seus trabalhos ao diálogo crítico do campo arquivístico, desde que esses títulos estejam de acordo com as normas editoriais da revista.

Acesse: http://www.aaerj.org.br/ojs/index.php/informacaoarquivistica/
Obs: 1ª edição estará disponível a partir de 24 de outubro de 2012.

Conselho Editorial
Aluf Alba Vilar Elias – http://lattes.cnpq.br/0221249833068387
Lucina Matos – http://lattes.cnpq.br/2558306652010968
Roberto Lopes dos Santos Junior – http://lattes.cnpq.br/3355963647616547
Vanessa de Arruda Jorge – http://lattes.cnpq.br/0218139692140149
Wagner Ridolphi – http://lattes.cnpq.br/8647855399888255
Welder Antônio Silva – http://lattes.cnpq.br/9453097597745835
Contato: informacaoarquivistica@aaerj.org.br

Palestra no CCSA comemora dia nacional do Arquivista

Será nesta sexta-feira (19), às 19h, no auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Campus de João Pessoa, e proferida pelo professor Renato Motta.

A Coordenação do Curso de Graduação em Arquivologia do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal da Paraíba (CCSA/UFPB) realiza nesta sexta-feira (19), às 19h, no auditório do CCSA, palestra em comemoração ao Dia do Arquivista, que é celebrado no dia 20 de outubro.

A palestra tem como convidado o Arquivista da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) Renato Motta Rodrigues da Silva, que vai compartilhar experiências de sua vida profissional e movimentos associativistas da área.

O curso de Arquivologia visa possibilitar aos alunos durante o processo de formação acadêmica acesso às teorias e instrumentos que orientem intervenções organizacionais na área arquivista, dentre elas: Produzir e divulgar conhecimento científico-tecnológico no campo arquivístico; Formar arquivistas para atuação específica junto aos arquivos no âmbito das diferentes etapas e modalidades do fazer arquivístico; Colaborar para o desenvolvimento da área, levando em consideração a gestão, a tecnologia e memória no âmbito dos arquivos. O curso também pretende acompanhar a dinâmica social e tecnológica em que os arquivos se inserem e estimular ações articuladas de ensino, pesquisa e extensão.

Mais informações pelo telefone (83) 3216-7456
Fonte: 
Agência de Notícias da UFPB - Com informações do CCSA 

A Lei de Acesso à Informação e a Diplomacia Brasileira

Por João Pedro Corrêa Costa Em 17 de outubro de 2012.



JOÃO PEDRO CORRÊA COSTA, diplomata, é diretor do Departamento de Comunicações e Documentação do Ministério das Relações Exteriores, desde 2011. Serviu na Delegação Permanente do Brasil em Genebra, embaixadas em Assunção e Washington, e no Consulado-Geral do Brasil em Tóquio. É autor do livro “De Decasségui a Emigrante”, de 2007, sobre a comunidade brasileira no Japão.

Acesso à informação. Três palavras inofensivas.
“Acesso à informação. Três palavras inofensivas. Eu olho para essas palavras enquanto as escrevo e tenho vontade de balançar minha cabeça até que ela caia. Seu idiota. Seu ingênuo, tolo e irresponsável ignorante. Não há realmente descrição para essa estupidez”.
Tony Blair, The Journey, 2010.


No Reino Unido, a lei de acesso à informação (Freedom of Information Act, 2000) foi aprovada, em 2000, no governo de Tony Blair. O Partido Trabalhista chegou ao poder em 1997, e essa havia sido uma de suas promessas de campanha. Em suas memórias, no entanto, Tony Blair lamentou ter promovido a transparência: esse declarado arrependimento deveu-se ao fato de que a existência da lei permitiu serem reveladas posições conflitantes do ex-primeiro-ministro entre sua reticência pessoal e o apoio público à invasão do Iraque, em 2003. Desde outubro de 2001, pouco depois dos ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos, o governo britânico adiara a implementação de elementos essenciais da lei, estendendo por cerca de cinco anos o prazo para adaptar-se às novas exigências legais, que finalmente entraram plenamente em vigor em 2005.

Universitários vão ter acesso livre a gestão de arquivos

Novo software permitirá publicar conteúdos e aceder a toda a informação



Alunos poderão aceder a toda a informação criada
Um novo programa de parcerias educacionais vai permitir que todos os estudantes do ensino superior (universidades e politécnicos do país) tenham acesso gratuito ao ‘software’ de gestão dos arquivos e bibliotecas. A tecnologia foi desenvolvida por um ‘spin-off’ da Universidade do Minho (UMinho) – a Keep Solutions.

Os alunos e docentes terão sessões de formação e poderão a publicar conteúdos, usar o ‘software’ nas suas disciplinas e aceder a toda a informação criada (pesquisar, capturar, armazenar, transformar, actualizar, compartilhar dados), entre outras funcionalidades.
“O protocolo é totalmente grátis para as instituições do ensino superior e a utilização do software é ilimitada, desde que tenha fins estritamente educativos, o que inclui projectos de doutoramento e mestrado”, realça Luís Ferros, membro da spin-off, acrescentando que “os estudantes, em particular de ciências da informação e computação, vão assim explorar em contexto de aula e estudo ferramentas que deverão usar no mundo do trabalho".

A spin-off da UMinho tem desenvolvido os projectos DigitArq (gestão de arquivos definitivos), Koha (gestão integrada de bibliotecas), Retrievo (pesquisa federada), DSpace (repositório institucional), weebox (publicação de conteúdos) e Roda (preservação digital). Dispõe de serviços de desenvolvimento de ‘software’, migração de dados, formação, consultoria, digitalização, arquivo físico e tradução para o acordo ortográfico. Tem projectos com o Governo, municípios, bibliotecas, arquivos, museus, universidades, centros de investigação e empresas.

Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=55910&op=all

V ENCONTRO DE BASES DE DADOS SOBRE INFORMAÇÕES ARQUIVÍSTICAS

V ENCONTRO DE BASES DE DADOS SOBRE INFORMAÇÕES ARQUIVÍSTICAS

Diferentes olhares sobre os arquivos online: digitalização, memória e acesso



4, 5 e 6 de junho de 2013

Local: Cidade do Rio de Janeiro, RJ.

Promoção e Realização
Associação dos Arquivistas Brasileiros


Apoio
Programa de Pós-Graduação em Gestão de Documentos e Arquivos (UNIRIO)

Em novembro abertura da Chamada de Trabalhos
 
Eixos temáticos


Digitalização: o dilema entre o acesso e os desafios da gestão e da preservação.

O eixo temático pretende discutir os impactos da digitalização nas instituições, em especial em relação aos crescentes projetos de digitalização de acervos para atender à demanda da sociedade em ter acesso remoto aos documentos, mas considerando a utilização dos diferentes recursos tecnológicos e as dificuldades gerenciais de produção e manutenção, bem como de preservação digital.

Os arquivos e a memória em tempos da Web

O eixo temático pretende discutir como os arquivos estão sendo disponibilizados na rede, o desafio de se fortalecer o processo de identificação por meio do acesso ao patrimônio arquivístico reproduzido ou produzido e que se encontra na Web, considerando o processo de construção da memória, a relação entre o amplo acesso ao patrimônio por meio da tecnologia e impacto nos arquivos e processo de identificação em si, problematizando o quê muda na identificação dos usuários e dos não-usuários dos serviços oferecidos pelos arquivos.

O pacto do acesso livre à informação

O eixo temático pretende discutir à luz do discurso de acesso à informação a experiência britânica após o UK Freedom of Information Act 2000, e o caso brasileiro após a nova Lei de Acesso (2012), considerando como as instituições públicas devem se preparar para atender as demandas da sociedade, como o público reage às novas políticas de acesso livre às informações, incluindo na pauta das reflexões as diferenças entre o discurso e a experiência empírica.

Participe. Em breve o site do evento estará no ar com mais informações.

Fonte: http://www.aab.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=401:encontro&catid=40:destaques

Fórum Estadual Setorial Presencial

Conselho Nacional de Política Cultural
Fórum Estadual Setorial Presencial
Arquivo – Estado do Rio de Janeiro

A Associação dos Arquivistas Brasileiros (AAB), a Associação dos Arquivistas do Estado do Rio de Janeiro (AAERJ) e a Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB) convidam para o debate entre os candidatos que concorrem às vagas de Delegados do Estado do Rio de Janeiro para o setor de Arquivo, no âmbito do processo eleitoral do CNPC.
O evento é público.
Data: 22 de outubro de 2012.
Horário: 10 às 17 horas.
Local: auditório da Fundação Casa de Rui Barbosa. Rua São Clemente, 134. Botafogo, Rio de Janeiro.

Fonte: http://www.aab.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=406:forum-estadual-setorial-presencial&catid=40:destaques

INSCRIÇÕES ABERTAS! Seminário Digitalização de Acervos

Inserido nas abordagens referentes às novas tecnologias, o GT Acervos propõe uma discussão sobre os processos de digitalização de acervos e sua validade para a pesquisa histórica.
Para instrumentalizar os profissionais das instituições de memória sobre o tema, o GT oferece oficina, palestras e conferência com especialista no tema.

Data: 05 de novembro de 2012
Local: Auditório da Justiça Federal do Rio Grande do Sul – Rua Otávio Francisco Caruso da Rocha, 600 9° andar ala norte Praia de Belas, Porto Alegre/RS



8h45min
Abertura: Juiz Federal Eduardo Tonetto Picarelli – Diretor do Foro da Seção Judiciária do Rio Grande do Sul
Historiador Éverton Quevedo – Coordenador do GT Acervos ANPUH RS
9h às 9h30min
A afirmação do Direito à Memória e a importância dos acervos do Poder Judiciário.
Ministrante: Dailor dos Santos
Analista Judiciário na 2ª Vara Novo Hamburgo. Mestre em Direito Público pela UNISINOS. Especialista em Direito do Estado pela UFRGS. Membro do Grupo de Estudos sobre Internacionalização do Direito e Justiça de Transição – IDEJUST. Membro dos Grupos de Pesquisa Dever de Memória e construção da História Viva.
9h30min às 9h45min
Intervalo
9h45min às 10h45min
A Gestão de Documentos Judiciais em arquivos como ferramenta de acesso aos bens culturais
Ministrante: Ingrid Schroder Sliwka
Juíza Federal titular da 5ª Vara de Porto Alegre. Consultora da Seção Judiciária do RS e da  Comissão Permanente de Avaliação Documental do TRF da 4ª Região. Atuou como colaboradora no PRONAME-CNJ.
Convidado: Roger Raupp Rios
Juiz Federal titular da 4ª Vara de Porto Alegre, mestre e doutor em Direito pela UFRGS. Conselheiro - International Council of Human Rights Policy, e professor do Centro Universitário Ritter dos Reis.
Mediadora: Andréia Castro Dias
Juíza Federal Diretora do Foro de Rio Grande
14h às 18h – Oficina: Digitalização de Acervos
Ministrante: Letícia Castro, jornalista e arquivista. Coordenadora de Comunicação do MUHM
Ementa: A oficina tem como objetivo capacitar para a elaboração de projeto de digitalização de massas documentais considerando as especificações técnicas e as formas de digitalização levando em conta resolução, bits/cores, formato, tamanho de arquivo, prazo e armazenamento.
19h às 19h45min – Conferência: Acervos digitais
Conferencista: Prof. Dr. Humberto Celeste Innarelli Doutorando do curso de Ciência da Informação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Membro da Câmara Técnica de Documentos Eletrônicos do Conselho Nacional de Arquivos (CTDE/CONARQ). Publicou em 2012 o livro Instrumenta: Preservação de Documentos Digitais e em 2007, juntamente com Santos, B. V. e Sousa, R. T., o livro Arquivística: temas contemporâneos, onde também aborda o tema preservação digital.
Carga Horária total: 8h
Investimento e formas de pagamento: R$ 10,00
1 – Na sede do Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul (MUHM) – Av. Independência, 270 Porto Alegre/RS 
2 – No blog do GT Acervos, com depósito bancário: Associação dos Amigos do MUHM - Banco do Brasil Ag. 1249-1 Cc. 33061-2. 
NÃO HAVERÁ INSCRIÇÃO NO LOCAL

Fonte: http://acervosrs.blogspot.com.br/2012/10/inscricoes-abertas-seminario.html

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

XXIII Jornada Arquivística da UNIRIO



A XXIII Jornada Arquivística da UNIRIO, promovida pela Escola de Arquivologia e o Mestrado em Gestão de Documentos e Arquivos, será realizada entre 22 e 24 de outubro de 2012, no auditório Paulo Freire do Centro de Ciências Humanas e Sociais (CCH) da UNIRIO.
Nesta edição os temas contemplados serão os impactos da lei de acesso à informação, a comunicação científica e a avaliação de programas de pós-graduação.
Serão lançados os livros Novas dimensões da Pesquisa e do Ensino em Arquivologia no Brasil e a Revista "Informação Arquivística".
As inscrições são gratuitas e deverão ser realizadas na Escola de Arquivologia ou pelo e-mail cch_arquivologia@unirio.br , com os seguintes dados: Nome, E-mail, Telefone e Instituição. Também poderão ser realizadas no local, a partir das 18 hs., no dia 22 de outubro. Serão fornecidos certificados de participação.
O endereço do CCH é Avenida Pasteur, 458, Urca.
Participe!
Programação

22/10 – 19 hs. Abertura e Mesa sobre o tema “Configurações e desafios da Lei de Acesso à Informação”
Convidados: Prof. José Maria Jardim (PPGARQ/UNIRIO) e Sr. Marcelo Paluma Ambrózio (GCU -  Rio de Janeiro )
Lançamento do livro "Novas dimensões da Pesquisa e do Ensino em Arquivologia no Brasil", organizado por Anna Carla Almeida Mariz, José Maria Jardim e Sérgio Albite (PPGARQ/UNIRIO)

23/10 – 19 hs . “A Lei de Acesso à Informação e as instituições arquivísticas”
Convidados: Prof. Paulo Knauss (Diretor do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro/PPGARQ-UNIRIO),  Dra. Beatriz Kushnir (Diretora do Arquivo da Cidade do Rio de Janeiro/PPGARQ-UNIRIO) e  Prof. Jaime Antunes da Silva (Diretor-Geral do Arquivo Nacional)

24/10 –  19 hs . “Comunicação Científica e Avaliação dos Programas de Pós-Graduação”
Convidados: Profa. Sandra Lúcia Rebel Gomes (PPGCI/UFF) – O Acesso Aberto à Informação Científica; Profa. Nair Kobashi (O Qualis como elemento de avaliação  na área de Ciências Sociais Aplicadas I da CAPES). Debatedora: Profa. Nanci Oddone (PPGB /UNIRIO).
Lançamento da Revista “Informação Arquivística”, da Associação dos Arquivistas do Estado do Rio de Janeiro.

Fonte: http://www2.unirio.br/unirio/cchs/ppggda/xxiii-jornada-arquivistica-da-unirio

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Documentos mostram que regime militar monitorou ministros do STF

Thiago Herdy

Pelo menos cinco dos dez atuais membros do Tribunal foram vigiados

SÃO PAULO - Pelo menos cinco dos atuais dez ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foram monitorados pelos órgãos de inteligência do regime militar. Documentos inéditos dos arquivos do Serviço Nacional de Informação (SNI) e do Departamento de Ordem Política e Social de São Paulo (Dops) obtidos pelo GLOBO mostram que pouco importava o engajamento deles com a oposição ao governo militar. Mais importante era registrar seus passos. Até a última sexta-feira, nem mesmo os ministros sabiam que tinham sido monitorados.
mensalão

Os militares registraram o comportamento do promotor Celso de Mello quando foi chamado no início dos anos 1980 a opinar sobre a legalização da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE/SP). Em seu despacho, ele escreveu que a entidade estava revestida de “inegável legitimidade, a que não pode se opor o resíduo autoritário, hoje agonizante”. Anos antes, na inauguração do Fórum de Osasco (SP), as autoridades haviam se recusado a aplaudir seu discurso em defesa do direito do homem à vida e à liberdade, o que também foi digno de registro.
Documento do SNI mostra que em Bonn, na Alemanha, o funcionário do Itamaraty Gilmar Mendes assistiu à palestra do bispo Adriano Hipólito sobre as contradições sociais e econômicas do Brasil, mais um capítulo “da campanha difamatória do país no exterior”, segundo o registro. Atos capazes de “perturbar a ordem e o bom andamento do serviço público” que contassem com a colaboração de diretores da companhia de Processamento de Dados de São Bernardo do Campo, entre eles Ricardo Lewandowski, foram informados imediatamente aos órgãos de segurança, no fim dos anos 70.
Pouco mais de uma década depois, o advogado Carlos Ayres Britto teve “participação destacada” em protesto feito em Aracaju (SE) contra a presença americana no Golfo Pérsico, registrou telex redigido por um agente de informação. A procuradora do Estado Cármen Lúcia Rocha participou de evento em defesa da sindicalização do servidor público, em 1987, e contou com militares infiltrados na plateia.
— Por causa do discurso em Osasco, tive minha carreira congelada no MP. Hoje, é fácil fazer críticas ao regime de então. Difícil era enfrentar os riscos quando estava vigente o AI-5. Estou em paz com minha consciência. Cumpria meu dever — disse o ministro Celso de Mello.
No texto de 1977, Mello afirma que de “nada adianta juízes inteligentes, íntegros e capazes” se “ao Ministério Público não for atribuída a força necessária para arrastar os poderosos perante os tribunais”. Em relatórios enviados ao Dops, delegados reclamam do promotor que aparece de surpresa nas delegacias para verificar as condições dos presos. O secretário de segurança chegou a chamá-lo de “promotor subversivo que indispõe a polícia com a população”.
— Nunca tive atuação política. Esses registros mostram o mal que os regimes autoritários fazem — disse Gilmar Mendes, que morou na Alemanha como funcionário do governo, mestrando e doutorando da Universidade de Münster.
Em 1988, o serviço de informação registrou a ida de sua mulher à República Democrática Alemã (RDA), porção oriental do país que vivia sob o regime comunista. Um erro já que Mendes estudou na porção ocidental e capitalista do país, a República Federal da Alemanha (RFA).
— É uma sensação orwelliana — classificou o ministro Ricardo Lewandowski, em referência ao livro “1984”, de George Orwell, e à “sensação de estar permanentemente monitorado e vigiado”.
Ele trabalhava em empresa pública e sabia de infiltrados:
— Hoje vivemos um regime de abertura política. Todo mundo pode dizer o que pensa. A imprensa age com desenvoltura.
Os ministros Ayres Britto e Cármen Lúcia não quiseram falar. Perguntado sobre os que acusam o STF de realizar um juízo político e de exceção em relação ao mensalão, Lewandowski deu a entender que caberá à História julgar eventuais erros:
— Para fazer um julgamento do julgamento, é preciso haver uma perspectiva histórica mais ampla.
Celso de Mello e Gilmar Mendes rebateram com veemência a interpretação dos réus condenados:
— Estamos analisando todas as circunstâncias e os elementos de defesa. As pessoas indicadas pelas presidências do PT (Lula e Dilma) têm votado pela condenação. São pessoas importantes do mundo político, que precisam ter uma bandeira — disse Gilmar, referindo-se aos réus que denunciam o Estado de exceção.
— Está garantido um julgamento justo, isento, imparcial e realizado de modo plenamente independente. E sob amplo escrutínio público — completou Celso de Mello.



Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/documentos-mostram-que-regime-militar-monitorou-ministros-do-stf-6390650